Eu trago comigo uma frase do fotógrafo Ansel Adams que diz:
"Não fazemos uma foto apenas com uma câmera;ao ato de fotografar trazemos todos os livros que lemos,os filmes que vimos, a música que ouvimos,as pessoas que amamos."
Acredito cegamente nisso.
Quem me conhece bem sabe que sou um cinéfilo apaixonado pela. A magia da sala escura e daquela tela gigante sempre despertou em mim algo mágico. Tanto que o cinema sempre foi o meu lugar favorito para fugir de tudo. Ficar imerso numa experiência visual e sensorial por algumas horas sempre foi uma terapia para mim.
Assim, como dito por Ansel Adams, sempre trouxe muito das minhas experiências literárias, musicais e pessoais para dentro da minha fotografia. Mas, o cinema sempre se fez muito presente. Seja como referência, seja como inspiração.
Voltei a pensar nisso esses dias. Véspera de Oscar, postei uma foto de um casamento recente e uma pessoa comentou: "Nossa! Tá uma cena de La la Land!". Eu ri e achei bem curioso, pois eu também havia achado isso , mas não havia sido nada proposital. Acho que foi um apenas um capricho do meu subconsciente que ativou algum memória fotográfica e registrou esse momento dessa forma. Eu adoro o filme e a cena citada é um momento rápido e nem dos mais icônicos quanto o momento de dança, mas tá lá! Em uma versão a cores e em silhueta, como a minha foto.
É inegável que toda vez que faço fotos dos noivos com suas famílias, a minha maior inspiração seja claramente o meu filme favorito, "O Poderoso Chefão", onde começamos a saga com, veja só, um casamento!
E diversos momentos da minha fotografia, minha inspiração é toda cinematográfica. Me lembro de músicas e vejo as minhas fotos como cenas da vida desses casais. Inevitavelmente, podem não ser inspiradas em uma cena específica, mas com certeza, os planos, enquadramentos e o clique em si tem algo cinematográfico. Isso eu não nego.
Tudo isso acaba sendo uma forma de me aproximar de casais que curtem a sétima arte. É muito comum ter noivos que tenham os mesmos interesses e acaba que, naturalmente, essa inspiração surge de uma maneira muito mais fácil e orgânica. Quase que por consequência de uma conversa. Quando vemos, os estilos já estão ai, aparecendo diante dos nossos olhos.
Sendo assim, só tenho uma coisa a dizer: Ansel Adams estava certo!